Para estabelecer a supremacia do seu novo texto Alexandrino em 1881, Westcott e Hort argumentaram que a tradição textual bizantina (que inclui o Textus Receptus) não teve origem antes de meados do século IV e que foi o resultado da fusão de textos anteriores corrompidos. A chamada recensão do texto foi teorizada como tendo sido perpetrada por Luciano de Antioquia.

Argumentaram ainda que este texto foi levado para Constantinopla, onde se tornou popular e se espalhou por todo o Império Bizantino. Westcott e Hort também teorizaram que um tal tipo de texto só poderia ter acontecido se fosse sancionado pela igreja.

Todas estas reivindicações foram feitas sem um único fragmento de evidência histórica para este suposto concílio eclesial em todo o império, estes homens simplesmente escolheram um lugar (Antioquia), e uma época (250-350 d.C.) e um coordenador (Luciano) e inventam uma teoria. Tudo isto parece impressionante, mas até hoje, não há uma única prova histórica que sustente qualquer parte desta teoria.

Westcott e Hort reescreveram a história do texto com a sua “Recensão Luciana”. Na sua maioria, os liberais rejeitam hoje a validade da teoria Luciana de Westcott-Hort. No entanto, isto não repara os danos já causados por este conto de fadas.

Uma das mais marcantes revelações é o paradoxo da crítica textual que insiste que os manuscritos foram extintos, ao mesmo tempo que está demasiadamente disposta a teorizar a razão pela qual os textos bizantinos foram tão prolíficos no século IV sem sequer a mais pequena prova histórica existente.

A Recensão Luciana de Westcott e Hort é apenas a primeira de uma série de racionalizações e teorias que os defensores dos textos críticos têm produzido ao longo dos anos, para tentar explicar a situação do ponto de vista deles. Uma dessas teorias é chamada: “Método no Estabelecimento da Natureza dos Textos-Tipos de Manuscritos do Novo Testamento -Ernest C. Colwell”. Todas estas teorias não conseguiram produzir qualquer apoio histórico para as suas teorias e não conseguiram explicar suficientemente o domínio generalizado dos textos bizantinos entre as igrejas no século IV.

O texto bizantino estava tão difundido no século IV que teria demorado de 100 a 200 anos para tornar-se tão bem estabelecido em todo o mundo conhecido. Por conseguinte, é evidente que o texto bizantino é muito mais antigo do que muitos defensores do texto crítico as pessoas fariam crerem. O Novo Testamento não estava completo até ao final do século I e por isso faz mais sentido concluir que o texto bizantino tem estado lá desde o início.

Traduzido em Português por Ícaro Alencar de Oliveira. Rio Branco, Acre – 23/02/2021.

Link: http://textusreceptusbibles.com/Editorial/LucianRecension

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