Por Taylor DeSoto
Young, Textless Reformed
Introdução
Alguma vez você já quis dispersar a multidão de entusiastas do Texto Crítico de um feed do Facebook? Aqui estão algumas citações que devem ajudá-lo a demonstrar ao tolo a sua insensatez.
O Texto Crítico Moderno não é o Texto Original, Inspirado
“Não temos agora – em nenhum dos nossos textos gregos críticos ou em qualquer tradução – exatamente aquilo que os autores do Novo Testamento escreveram. Mesmo que tivéssemos, não o saberíamos. Há muitos, muitos lugares em que o texto do Novo Testamento é incerto.” (Elijah Hixson & Peter Gurry. Myths & Mistakes em New Testament Textual Criticism [Crítica Textual do Novo Testamento]. xii. Citado por Dan Wallace).
“Não creio que Deus tenha qualquer obrigação de nos preservar cada detalhe da Escritura, embora nos tenha concedido um bom acesso ao texto do Novo Testamento.” (Dirk Jongkind. An Introduction to the Greek New Testament [Uma Introdução do Grego do Novo Testamento]. 90).
O MGBC [Método Genealógico Baseado na Coerência] não nos dará o texto original
“Não creio que o método seja de qualquer valor para estabelecer o texto do Novo Testamento.” (Bengt Alexanderson. Problems in the New Testament: Old Manuscripts and Papyri, the New Coherence-Based-Genealogical Method [Problemas no Novo Testamento: Manuscritos antigos e Papiro, o Novo Método Genealógico Baseado na Coerência (CBGM)] e a Editio Critica Maior (ECM). 117).
“A razão é que existe uma lacuna metodológica entre o início da tradição textual tal como a temos e o texto do próprio autógrafo. Quaisquer desenvolvimentos entre estes dois pontos estão fora do âmbito da crítica textual propriamente dita. Quando não há ‘nenhum vestígio [do texto original] na tradição manuscrita’, o crítico de texto deve, nos termos de Mink, permanecer em silêncio.” (Peter Gurry. A Critical Examination of the Coherence based Genealogical Method [Um Exame Crítico do Método Genealógico Baseado na Coerência]. 93).
“Muitos de nós sentiriam que o Texto Inicial – se inadequadamente definido e, portanto, aberto para ser entendido como o Primeiro Texto ou Texto Inicial num sentido absoluto – sugere uma maior certeza do que o nosso conhecimento sobre as garantias de transmissão.” (Eldon J. Epp. Which Text? [Que Texto?] 70).
“No total, havia nas Cartas Católicas trinta e dois usos de parênteses em comparação com quarenta e três usos do [sinal de] diamante e em Atos setenta e oito casos de parênteses em comparação com 155 [sinais de] diamantes. Isto significa que houve um aumento tanto no número de lugares marcados como incertos como um aumento do nível de incerteza a ser assinalado. Globalmente, portanto, isto reflete uma incerteza ligeiramente maior por parte dos editores em relação ao texto mais antigo.” (Peter Gurry & Tommy Wasserman. A New Approach to Textual Criticism: An Introduction to the Coherence Based Genealogical Method [Uma Nova Abordagem à Crítica Textual: Uma Introdução ao Método Genealógico Baseado na Coerência]. 7).
“Na melhor das hipóteses, a coerência pré-genealógica [computador] apenas nos diz como é provável que uma variante tivesse múltiplas fontes de origem em vez de apenas uma… a coerência pré-genealógica é apenas uma peça do quebra-cabeças do texto-crítico. As outras peças – o conhecimento das tendências do escriba, a data e qualidade dos manuscritos, versões e citações patrísticas, e a teologia e estilo do autor ainda são necessárias… Tal como acontece com tantas críticas textuais, não há aqui regras absolutas, e a experiência serve como o melhor guia.” (Peter Gurry & Tommy Wasserman. A New Approach to Textual Criticism: An Introduction to the Coherence Based Genealogical Method [Uma Nova Abordagem à Crítica Textual: Uma Introdução ao Método Genealógico Baseado na Coerência]. 56,57. Ênfase minha).
O Texto Inicial não é o Texto Autógrafo ou Original
“A tarefa do filólogo do Novo Testamento não é a de recuperar um texto autógrafo original, não só porque atualmente não podemos saber por razões filológicas qual poderia ter sido o texto original, nem mesmo porque pode ter havido várias formas na tradição, mas porque a filologia não é capaz de fazer um pronunciamento sobre a existência ou não de um texto autoral.” (D. C. Parker. Textual Scholarship and the Making of the New Testament [Erudição Textual e a elaboração do Novo Testamento]. 27).
“Mas, então, não precisamos crer que o Texto Inicial é um texto autógrafo, ou um texto definitivo, ou a única forma em que as obras uma vez circularam.” (D. C. Parker. Textual Scholarship and the Making of the New Testament [Erudição Textual e a elaboração do Novo Testamento]. 29).
O que os eruditos do Texto criam sobre a Escritura
“Na prática, os críticos textuais do Novo Testamento tendem hoje em dia a ser os próprios cristãos, mas nem sempre. Isso não importa, pois a qualidade do trabalho deles não depende da sua fé, mas da sua adesão aos padrões acadêmicos.” (Jan Krans. http://evangelicaltextualcriticism.blogspot.com/2020/10/why-textus-receptus-cannot-be-accepted.html. 22 de Outubro de 2020).
“Devo acrescentar uma palavra de aviso, que no caso da pesquisa e bibliografia bíblica, inevitavelmente encontrará a teologia arrastada para dentro dela em algum momento. Quando um texto é reverenciado por algumas pessoas como divinamente inspirado, em alguns casos como pronunciamento verbalmente preciso por um Deus todo-poderoso, ou mesmo pelo menos dramático quando é visto como um guia útil para a vida diária, as descobertas do bibliógrafo podem ser de particular importância. E no caso de nos deixarmos levar demasiadamente pela importância da caligrafia e dos textos pelos quais é preservada, lembremo-nos de que os nossos códices não são tudo, e não podem ser mais do que um subproduto das nossas vidas.” (D. C. Parker. Textual Scholarship and the Making of the New Testament [Erudição Textual e a elaboração do Novo Testamento]. 30, 31).
“Estamos tentando montar um quebra-cabeças com apenas algumas das peças.” (Peter Gurry. A New Approach to Textual Criticism: An Introduction to the Coherence Based Genealogical Method [Uma Nova Abordagem à Crítica Textual: Uma Introdução ao Método Genealógico Baseado na Coerência). 112).
O Textus Receptus foi o Texto da Reforma Protestante
“Historicamente falando, o Textus Receptus foi o Novo Testamento Grego da Reforma.” (Jan Krans. http://evangelicaltextualcriticism.blogspot.com/2020/10/why-textus-receptus-cannot-be-accepted.html. 22 de Outubro de 2020).
“Beza adquiriu um status muito elevado em círculos protestantes e especialmente calvinistas durante a sua vida e nas primeiras gerações depois dele. O seu texto grego não foi contestado, mas fielmente reimpresso; através das edições de Elzevir foi elevado ao status de ‘texto recebido’, textus receptus.” (Jan Krans. Beyond What is Written [Para além do que está escrito]. 197).
Os Reformadores não criam, como fazem os modernos eruditos, que ‘o original’ significava os autógrafos perdidos
“Pelos textos originais, não nos referimos aos autógrafos escritos pela mão de Moisés, dos profetas e dos apóstolos, que certamente não existem agora. Referimo-nos aos seus apógrafos que são assim chamados porque nos expõem a palavra de Deus nas próprias palavras daqueles que escreveram sob a inspiração imediata do Espírito Santo.” (Francis Turretin. Institutes of Elenctic Theology [Institutas da Teologia Elêntica], Vol. I, 106).
Esperemos que isto lhe dê alguma munição útil ao lidar com pessoas que rejeitam que Deus tenha dado a Sua Palavra ao Seu povo.
Traduzido em Português por Ícaro Alencar de Oliveira. Rio Branco, Acre, Brasil: 22/04/2021.






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