1. Cremos que há um só Deus, que é um Espírito – o Criador de todas as coisas – o Pai de todos, que está acima de todos, e por todos, e em todos nós; aquele que deve ser adorado em espírito e em verdade – de quem dependemos continuamente e a quem damos louvor por nossa vida, alimento, vestuário, saúde, doença, prosperidade e adversidade. Nós o amamos como a fonte de toda bondade; e o reverenciamos como aquele ser sublime, que sonda as entranhas e prova o coração dos filhos dos homens.
2. Cremos que Jesus Cristo é o Filho e a imagem do Pai – que Nele habita toda a plenitude da Divindade, e que somente por Ele conhecemos o Pai. Ele é nosso Mediador e advogado; nenhum outro nome há dado debaixo do céu pelo qual importa que sejamos salvos. Somente em Seu nome invocamos o Pai, não usando outras orações além daquelas contidas nas Sagradas Escrituras, ou aquelas que lhes são agradáveis em substância agradáveis.
3. Cremos no Espírito Santo como o Consolador, procedente do Pai e do Filho; por cuja inspiração somos ensinados a orar; sendo por Ele renovados no espírito de nossas mentes; que nos cria de novo para boas obras, e de quem recebemos o conhecimento da verdade.
4. Cremos que há uma só igreja santa, compreendendo toda a assembleia dos eleitos e fiéis, que desde o princípio do mundo existem, ou que existirão até o fim dele. Desta igreja o Senhor Jesus Cristo é a cabeça – ela é governada por Sua palavra e guiada pelo Espírito Santo. Na igreja, cabe a todos os cristãos ter comunhão. Por ela Ele [Cristo] intercede incessantemente, e Sua intercessão por ela é muito aceitável a Deus, sem a qual, de fato, não poderia haver salvação.
5. Sustentamos que os ministros da igreja devem ser irrepreensíveis tanto na vida quanto na doutrina; e se for constatado o contrário, devem ser depostos de seus cargos e substituídos por outros estabelecidos em seu lugar; e que ninguém deve presumir tomar essa honra para si mesmo, mas aquele que é chamado por Deus como foi Arão – que os deveres dos tais são alimentar o rebanho de Deus, não por causa de torpe ganância, ou como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo para o rebanho, na palavra, no trato, no amor, na fé e na castidade.
6. Reconhecemos que reis, príncipes e governadores são os ministros de Deus designados e estabelecidos, a quem somos obrigados a obedecer [em todas as questões legais e civis]. Pois eles carregam a espada para defesa dos inocentes e castigo dos malfeitores; razão pela qual somos obrigados a honrá-los e pagar-lhes tributos. Deste poder e autoridade nenhum homem pode eximir-se, como fica claro no exemplo do Senhor Jesus Cristo, que pagou tributo voluntariamente, não assumindo para si mesmo nenhuma jurisdição de poder temporal.
7. Cremos que na ordenança do batismo a água é o sinal visível e externo, que representa aquilo que, em virtude da operação invisível de Deus, está dentro de nós – ou seja, a renovação de nossas mentes e a mortificação de nossos membros através [da fé em] Jesus Cristo. E por esta ordenança somos recebidos na santa congregação do povo de Deus, previamente professando e declarando nossa fé e mudança de vida.
8. Afirmamos que a ceia do Senhor é uma comemoração e ação de graças pelos benefícios que recebemos por Seus sofrimentos e morte – e que deve ser recebida com fé e amor – examinando a nós mesmos, para que possamos comer de desse pão e beber desse cálice, como está escrito nas Sagradas Escrituras.
9. Sustentamos que o casamento foi instituído por Deus. Que é santo e honroso, e não deve ser proibido a ninguém, desde que não haja obstáculo da Palavra divina.
10. Afirmamos que todos aqueles em quem habita o temor de Deus serão assim levados a agradá-lo e a abundar nas boas obras [do evangelho] que Deus de antemão ordenou que andássemos nelas – que são amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, mansidão, temperança e outras boas obras impostas nas Sagradas Escrituras.
11. Por outro lado, confessamos que consideramos nosso dever ter cuidado com os falsos mestres, cujo objetivo é desviar a mente dos homens da verdadeira adoração a Deus e levá-los a depositar sua confiança na criatura, bem como afastá-los das boas obras do evangelho e considerar as invenções dos homens.
12. Tomamos o Velho e o Novo Testamento como regra de nossa vida e concordamos com a confissão geral de fé contida no Credo dos Apóstolos.
Fonte: https://reformedreader.org/ccc/waldenses_confessions_of_faith.htm
Traduzido em Português por Ícaro Alencar de Oliveira. Rio Branco, Acre, 14 de julho de 2023.






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