UMA BREVE CONFISSÃO OU DECLARAÇÃO DE FÉ, apresentada por muitos de nós, que somos (falsamente) chamados de Ana-Batistas, para informar a todos os homens (nestes dias de escândalo e reprovação) das nossas inocentes crenças e práticas; por ela não estamos apenas decididos a sofrer perseguições, ou a perda de nossos bens, mas também da própria vida, em lugar de declinar dela. Subscrita por alguns presbíteros, diáconos e irmãos, reunidos em Londres, no primeiro mês (chamado março de 1660), em nome deles próprios e de muitos outros aos quais pertencem, em Londres, e em vários condados desta nação, que pertencem à mesma fé que nós.

Seguindo pelo caminho que os homens chamam de heresia, nós adoramos o Deus dos nossos pais; cremos em todas as coisas que estão escritas na Lei e nos Profetas (At. 24:14).

LONDRES, Impresso por G. D. para F. Smith, em Elephant e Castle, próximo a Temple-Barr, 1660.

I. Cremos e estamos verdadeiramente certos de que há apenas um Deus, o Pai, de quem são todas as coisas, de eternidade a eternidade, glorioso e indizível em todos os seus atributos (I Co. 8:6; Is. 40:28).

II. Que Deus no princípio fez o homem reto e o colocou em um estado e condição de glória, sem a menor mistura de miséria, do qual caiu por transgressão, e assim entrou em um estado miserável e mortal, sujeito à primeira morte (Gn. 1:31; Ec. 7:29; Gn. 2:17; 3:17-19).

III. Que há um só Senhor Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, o qual é o Filho unigênito de Deus, nascido da Virgem Maria; contudo, tão verdadeiramente Senhor de Davi, e raiz de Davi, bem como Filho de Davi e da descendência de Davi (Lc. 20:44; Ap. 22:16) ao qual Deus enviou livremente ao mundo (por causa do grande amor dele pelo mundo) que também se deu livremente em resgate por todos (I Tm. 2:5-6), provando a morte por todo homem (Hb. 2:9), uma propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo (I Jo. 2:2).

IV. Que Deus não quer que alguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se (II Pe. 3:9), e ao conhecimento da verdade, para que sejam salvos (I Tm. 2:4). Para esse fim Cristo ordenou que o Evangelho (a saber, as boas novas da remissão dos pecados) fosse pregado a toda criatura (Mc. 16:15). Para que nenhum homem sofra eternamente no inferno (a saber, a segunda morte) pela falta de um Cristo que morreu por eles; mas, como diz a Escritura, por negar o Senhor que os resgatou (II Pe. 2:1), ou porque não creem no nome do unigênito Filho de Deus (Jo. 3:18). Sendo, portanto, a incredulidade a causa pela qual o justo e reto Deus condenará os filhos dos homens; segue-se, contra toda a contradição, que todos os homens, em um momento ou outro, são colocados em tal capacidade, assim (pela graça de Deus) eles podem ser salvos eternamente (Jo.1:7; At. 17:30; Mc. 6:6; Hb. 3:10, 18-19; I Jo 5:10; Jo. 3:17).

V. Aquele que primeiramente vem e é educado na instrução da Igreja de Cristo, e lá aguardando, e alcançando posição de cristianismo, e devidamente qualificado e consideravelmente dotado pelo Espírito de Deus; exerçam seus dons não apenas na igreja, mas também (conforme servir a ocasião) para pregar ao mundo (sendo os tais aprovados pela igreja para assim procederem) (At. 11:22-24; At. 11:19-20), e que entre estes, alguns são escolhidos pela Igreja e ordenados em jejum, e em oração em imposição de mãos, para a obra do ministério (At. 13:2-3; At. 1:23); aos tais assim ordenados (e permanecendo fiéis em sua obra) nós os temos por ministros do evangelho. Mas todos aqueles que não chegam primeiro ao arrependimento dos seus pecados, creem no Senhor Jesus, e então batizam em nome dele, em remissão de pecados, mas são criados apenas na instrução do aprendizado humano, para alcançar as artes humanas e a variedade de idiomas, com muitas curiosidades e falas vãs (I Co. 1:19-21; 2:1, 4-5), buscando primeiro o ganho de grandes rendimentos do que o ganho de almas para Deus: isso (falamos) negamos totalmente, sendo os tais que precisam ser ensinados a si mesmos, ao invés de estarem aptos para ensinar aos outros (Rom. 2:21).

VI. Que o caminho estabelecido por Deus para que os homens sejam justificados, é pela fé em Cristo (Rm. 5:1).

Isto é, quando os homens assentem a verdade do Evangelho, crendo de todo o coração, que há remissão de pecados e vida eterna em Cristo.

E que Cristo, portanto, é mais digno de suas constantes afeições e sujeição a todos os seus mandamentos e, portanto, resolve com propósito de coração sujeitar-se a ele em todas as coisas, e não mais a si mesmos (II Co. 5:15).

E assim, devem (com piedosa tristeza pelos pecados passados) comprometer-se à sua graça, confiando nele com certeza para aquilo que eles creem que nele se obtém; tais crentes são justificados de todos os seus pecados, sua fé será imputada a eles por justiça (Rm. 4:22-24; Rm. 3:25-26).

VII. Que há um Espírito Santo, o precioso dom de Deus, dado gratuitamente aos que lhe obedecem (Ef. 4:4; At. 5:32), para que assim sejam completamente santificados e capacitados (sem o qual são totalmente incapazes) de permanecer firmes na fé e de honrar o Pai e seu Filho Cristo, o Autor e consumador da sua fé (I Co. 6:11). Há três que testificam no Céu, o Pai, o Verbo, e o Espírito Santo, e estes três são um; cujo Espírito da promessa os tais ainda não receberam (embora falem muito dele) e que estão tão longe do amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (os frutos do Espírito, Gl. 5:22-23) pois exalam muita crueldade e grande inveja contra as liberdades, e a vida pacífica daqueles que não são do seu julgamento, embora santos quanto às suas conversas.

VIII. Que Deus, mesmo antes da fundação do mundo, escolheu (ou elegeu) para a vida eterna, os que creem, e, também estão em Cristo (Jo. 3:16; Ef. 1:4; II Ts. 2:13), ainda estamos confiantes de que o propósito de Deus de acordo com a eleição não foi de forma alguma decorrente da fé prevista, ou das obras de retidão feitas pela criatura, mas apenas da misericórdia, bondade e compaixão habitando em Deus, e assim é daquele que chama (Rm. 9:2), cuja pureza e santidade indescritível não pode admitir que nenhuma pessoa (ou coisa) impura esteja em sua presença; portanto, seu decreto de misericórdia atinge apenas o homem piedoso, a quem (diz Davi) Deus separou para si mesmo (Sl. 4:3).

IX. Que os homens não considerados simplesmente como homens, mas como homens ímpios, foram desde a antiguidade condenados, considerados como tais, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo (Jd. 4). Deus de fato envia uma forte ilusão aos homens, para que sejam condenados; mas observamos que eles são tais (como diz o apóstolo) que não receberam o amor da verdade, para se salvarem (II Ts. 2:10-12), e assim a indignação e a ira de Deus estão sobre toda a alma do homem que pratica o mal (vivendo e morrendo nela), pois, para com Deus não há acepção de pessoas (Rm. 2:9-11).

X. Que todas as crianças que morrem na infância, não tendo realmente transgredido a Lei de Deus em suas próprias pessoas, estão sujeitas apenas à primeira morte, que lhes sobrevém pelo pecado do primeiro Adão, de onde todos serão ressuscitados pelo segundo Adão; e que nenhum dentre deles (morrendo naquele estado) sofra pelo pecado de Adão, a punição eterna no Inferno (que é a segunda morte), porque dos tais pertence o reino dos céus (I Co. 15:22; Mt. 19:14), não ousando concluir juntamente com a opinião pouco caridosa de outros, que, embora defendam muito a introdução de crianças na igreja visível aqui na terra, pelo batismo, mesmo assim, por sua doutrina de que Cristo morreu apenas alguns, para uma grande parte delas cerraram o reino dos céus, para sempre.

XI. Que a maneira correta e única de reunir as igrejas (de acordo com a ordem de Cristo, Mt. 28:19-20), é primeiro ensinar ou pregar o evangelho (Mc. 16:16) aos filhos e filhas dos homens; e então batizar (que em nossa língua é submergir) em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, ou em nome do Senhor Jesus Cristo; somente os tais, que professam arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo (At. 2:38; At. 8:12; At. 18:8). E quanto a todos os que pregam, não esta Doutrina, mas, em vez dela, aquela coisa não bíblica da aspersão de crianças (falsamente chamada de batismo) pela qual a pura palavra de Deus é tornada sem efeito, e o modo do Novo Testamento de trazer membros para dentro da igreja, pela regeneração, é expulso; como quando a escrava e seu filho, ou seja, a maneira do Velho Testamento de trazer filhos para a igreja pela descendência, é expulso, como diz a Escritura (Gl. 4:30, 22-24; Mt. 3.8-9), todos nós negamos totalmente, visto que somos ordenados a não ter comunhão com as obras infrutíferas das trevas, mas sim reprová-las (Ef. 5:11).

XII. Que é dever de todos os que são crentes batizados, aproximar-se de Deus em submissão a esse princípio da doutrina de Cristo, a saber, a oração e a imposição de mãos, para que possam receber a promessa do Espírito Santo (Hb. 6:1-2; At. 8:12, 15, 17; At. 19:6; II Tm. 1:6), pelo qual eles podem mortificar as obras do corpo (Rm. 8:13), e viver em todas as coisas de acordo com suas intenções e desejos declarados, até mesmo para a honra daquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz.

XIII. Que é dever daqueles que são constituídos como acima mencionados, continuar firmemente na doutrina de Cristo e dos apóstolos, e reunir-se, em comunhão, no partir do pão e na oração (Atos 2:42).

XIV. Que, embora assim declaremos o modo primitivo e a ordem de constituição de igrejas, ainda assim cremos verdadeiramente, e, também declaremos, que, a menos que os homens assim professem e pratiquem a forma e a ordem da doutrina de Cristo, também as embelezem com uma santa e sábia conversação, em toda piedade e honestidade; a profissão da forma visível lhes será tornada sem efeito; porque sem a santificação ninguém verá o Senhor (Hb. 12:14; Is. 1:11-12, 15-16).

XV. Que os presbíteros ou pastores que Deus designou para supervisionar e alimentar sua igreja (constituída como acima mencionado) são aqueles que, sendo primeiro parte do número de discípulos, devem, com o tempo, parecer vigilantes, sóbrios, de bom comportamento, dados à hospitalidade , aptos para ensinar, etc. não gananciosos de lucros imundos (como muitos ministros nacionais são), mas pacientes; não brigão, não cobiçoso, etc. e como tal escolhido e ordenado ao ofício (de acordo com a ordem das Escrituras, At. 14:23.), devem alimentar o rebanho com carne no devido tempo, e com muito amor governá-los, com todo cuidado, buscando após aqueles que se desviam; mas quanto a todos quantos obram para se alimentar da gordura, mais do que para alimentar o rebanho (Ez. 34:2-3), buscando mais o que é deles do que eles mesmos, expressamente contrário à prática dos ministros antigos, que diziam, não buscamos o que é vosso, mas sim a vós (II Co. 12:14). Todos nós repudiamos totalmente, e por meio deste prestamos nosso contínuo testemunho contrário (Ez. 34).

XVI. Que os ministros de Cristo, que receberam gratuitamente de Deus, devem ministrar liberalmente aos outros (I Co. 9:17), e que aqueles que têm coisas espirituais, ministradas liberalmente a eles, devem comunicar liberalmente as coisas necessárias aos ministros, (por causa de sua responsabilidade) (I Co. 9:11; Gl. 6:6). E quanto aos dízimos, ou qualquer sustento forçado, negamos totalmente ser este o sustento dos ministros do evangelho.

XVII. Que a verdadeira Igreja de Cristo deve, após a primeira e a segunda admoestação, rejeitar todos os hereges (Tt. 3:10-11), e, em nome do Senhor, afastar-se de todos os que professam o caminho do Senhor, mas andam desordenadamente em suas conversas (II Ts. 3:6), ou, de qualquer maneira, causam divisões ou ofensas, contrários à doutrina (de Cristo) que eles aprenderam (Rm. 16:17).

XVIII. Aqueles que são verdadeiros crentes, sendo ramos em Cristo, a Videira (e isso por sua virtude, o qual exorta a permanecer nele (Jo. 15:1-5.)), ou aqueles que têm o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida (I Tm. 1:5), pode, no entanto, por falta de vigilância, desviar e dele se desviar (vs. 6-7), e tornarem-se como galhos secos, lançados no fogo e queimados (Jo. 15:6). Mas aqueles que acrescentam à sua fé a virtude, e à virtude o conhecimento, e ao conhecimento a temperança, etc. (II Pe 1:5-7), o tal nunca cairá (vs. 8-10) é impossível para todos os falsos cristos e falsos profetas, que existem e que virão, enganá-los, pois mediante a fé estão guardados no poder de Deus para a salvação (I Pe. 1:5).

XIX. Que os santos humildes que pertencentes à igreja de Cristo sejam suficientemente providos pelas igrejas, que não lhes falte comida ou vestuário, e isto por uma contribuição gratuita e voluntária (e não por necessidade, ou por constrangimento ou poder do magistrado) (II Co. 9:7; I Co. 8:11-12), e isto pela ajuda livre e voluntária dos diáconos, (chamados superintendentes dos pobres) sendo homens fiéis, escolhidos pela Igreja, e ordenados pela oração e a imposição de mãos, para aquela obra (At. 6:1-6). De modo que não há necessidade na igreja de Cristo, de uma compulsão magisterial neste caso, como há entre outros, que sendo constituídos de forma carnal e geracional, é necessário fazer uso de uma espada carnal, para obrigar até mesmo uma pequena, mesquinha curta subsistência dos seus pobres; enquanto tantos outros membros de suas igrejas puderem e derem elevadas e grandes somas de dinheiro para manter suas vãs modas, ouro, pérolas e dispendiosos arranjos; o que é expressamente contrário à Palavra de Deus (I Tm. 2:9-10; I Pe. 3:3). Ai deles, o que farão quando Deus se levantar e quando ele visitar, o que responderão? (Jó 31:14).

XX. Que haverá (através de Cristo que estava morto, mas reviveu dentre os mortos) uma ressurreição de todos os homens das sepulturas da terra (Is. 26:19), tanto os justos como os injustos (At. 24:15), isto é, os corpos carnais dos homens, semeados nas sepulturas da terra, corruptíveis, desonrosos, fracos, naturais (os quais assim considerados não podem herdar o reino de Deus), serão ressuscitados, incorruptíveis, em glória, em poder, espirituais, e assim considerados, os corpos dos Santos, (unidos novamente aos seus espíritos) que aqui sofrem por Cristo, herdarão o Reino, reinando juntamente com Cristo (I Co. 15:21-22, 42-44, 49).

XXI. Que haverá após a Ressurreição das sepulturas da terra, um Julgamento eterno, na aparição de Cristo e seu reino (II Tm. 4:1; Hb. 9:27), em cujo tempo de julgamento que é inalterável e irrevogável, todo homem será recompensado de acordo com as coisas feitas por meio do corpo (II Co. 5:10).

XXII. Que o mesmo Senhor Jesus que se mostrou vivo depois de sua paixão, por muitas provas infalíveis (At. 1:3), que foi tirado dos discípulos e levado para o céu (Lc. 24:51). Assim virá da mesma maneira que ele foi visto ir para o céu (At. 1:9-11). E quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também nós nos manifestaremos com ele em glória (Cl. 3:4). Porque então ele será o Rei dos reis e o Senhor dos senhores (Ap. 19:16) porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações (Sl. 22:28), e rei sobre toda a terra (Zc. 14:9), e nós reinaremos (com ele) na terra (Ap. 5:10) os reinos deste mundo, (que os homens tão poderosamente se esforçam para desfrutar aqui) se tornarão os reinos de nosso Senhor, e seu Cristo (Ap. 11:15), porque tudo é teu, (ó, vós, que vences este mundo) porque sois de Cristo, e, Cristo de Deus (I Co. 3:22-23). Pois aos santos será dado o reino, e a grandeza do reino, sob (marque isso) todo o céu (Dn. 7:27). Embora (infelizmente) agora muitos homens estejam pouco contentes com o fato de os santos estarem entre eles; mas quando Cristo aparecer, então será o dia deles, então será dado a eles poder sobre as nações, para governá-los com uma vara de ferro (Ap. 2:26-27), então eles receberão uma coroa de vida, que ninguém tirará deles, nem eles de forma alguma desviarão ou derrubarão dele, pois o opressor será despedaçado (Sl. 72:4) e seus atuais vãos regozijos se transformaram em luto e amargas lamentações, como está escrito em Jó 20:5-7: “O júbilo dos ímpios é breve, e a alegria dos hipócritas momentânea? Ainda que a sua altivez suba até ao céu, e a sua cabeça chegue até às nuvens. Contudo, como o seu próprio esterco, perecerá para sempre; e os que o viam dirão: Onde está?”

XXIII. Que as Sagradas Escrituras são a regra pela qual os santos, tanto em questões de fé quanto em conversação, devem ser regulados, que podem tornar os homens sábios para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus, proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra (II Tm. 3:15-17; Jo 20:31; Is. 8:20).

XXIV. Que é a vontade e a mente de Deus (nesses tempos do Evangelho) que todos os homens tenham a liberdade de suas próprias consciências em questões de religião ou adoração, sem a menor opressão ou perseguição, simplesmente por causa disso; e que, para qualquer autoridade agir de outra forma, acreditamos com confiança que é expressamente contrário à mente de Cristo, que exige que tudo o que os homens desejam que outros façam a eles, eles devem fazer aos outros (Mt. 7:12) e que o joio e o trigo devem crescer juntos no campo (que é o mundo) até a colheita (que é o fim do mundo) (Mt. 13:29-30, 38-39).

XXV. Cremos que deve haver magistrados civis em todas as nações, para punição dos malfeitores e para louvor dos que fazem o bem (I Pe. 2:14), e que toda lascívia perversa e imundície carnal, contrárias às leis (civis) justas e saudáveis, devem ser punidas de acordo com a natureza das ofensas; e isso sem distinção por qualquer pessoa, religião ou profissão; e que nós e todos os homens somos obrigados, pelas regras do Evangelho, a estar sujeitos aos poderes superiores, a obedecer aos magistrados (Tt. 3:1) e submeter-se a toda ordenança de homem, por amor do Senhor, como diz I Pedro 2:13. Mas caso os poderes civis obriguem, ou imponham a qualquer momento coisas sobre assuntos de Religião, que nós, por meio da consciência a Deus, não possamos realmente obedecer, então nós, com Pedro, também dizemos que devemos (em tais casos) obedecer a Deus antes do que homens (At 5:29) e, portanto, por meio deste declaramos nossa intenção e propósito integrais e sagrados, que (através do auxílio da graça) não cederemos, nem (em tais casos) realmente os obedeceremos no mínimo; contudo, humildemente propondo (pela força do Senhor) pacientemente sofrer tudo o que nos for infligido, por nossa conscienciosa tolerância.

Estas coisas (ó vós, filhos e filhas dos homens), nós realmente cremos ser a vontade e a mente do Senhor e, portanto, não podemos deixar de falar, e se aqui diferimos de muitos, sim de multidões, de eruditos, sábios e prudentes deste mundo, nós (com Pedro e João) aqui fazemos nosso apelo solene e grave, a saber, se é certo aos olhos de Deus, ouvir os homens (de uma persuasão contrária) mais do que a Deus? Oh, que o judicioso julgue o julgamento justo! (At. 4:19-20).

E na crença e prática dessas coisas (sendo o bom e velho caminho apostólico) nossas almas encontraram aquele descanso e paz de alma, que o mundo não conhece e que eles não podem tirar de nós; de quem então devemos ter medo? Deus se tornou nossa força, nossa luz, nossa salvação; portanto, estamos decididos (através da graça) a selar a verdade dessas coisas de modo a sofrer perseguição, não apenas com a perda de nossos bens, liberdades ou independências, mas também com nossas vidas (se chamados a isso).

Além disso, declaramos totalmente, e do fundo do coração, no temor do Senhor, contra todos aqueles relatos perversos e diabólicos e reprovações falsamente lançadas sobre nós, como se alguns de nós (dentro e ao redor da cidade de Londres) tivessem recentemente obtido lâminas, lâminas em gancho e similares, etc., e grande estoque de armas além do que foi dado por ordem do Parlamento, com a intenção de cortar as gargantas daqueles que eram contrários a nós em assuntos de religião, e que muitas dessas lâminas, e exércitos, para a realização de algum projeto secreto, foram encontrados em algumas de nossas casas por meio de busca; dizemos, de verdadeiro coração, no temor do Senhor, que aborrecemos totalmente e abominamos os tais pensamentos, e muito mais as ações; e, por meio deste, desafio tanto a cidade quanto o país (em nossa inocência nisto) por não serem capazes de provar as coisas de que nos acusam; e declare para sempre que os inventores de tais relatórios são mentirosos e perversos planejadores de maldade e desígnios corruptos: Deus, que está acima de tudo, justificará nossa inocência nisto, que conhece bem nossa integridade, no que declaramos aqui, que o Senhor não os leve em conta.

No tempo da construção da decaída Casa de Deus, Sambalate e Tobias (conselheiros perversos) contrataram Semaías para assustar o bom Neemias; e trabalharam contra ele, para que pudessem ter um motivo para uma má fama, para que pudessem censurá-lo e impedir a construção da casa de Deus (Ne. 6:12) Pois ouvi (diz o Profeta) a murmuração de muitos; terror de todos os lados: Denunciai, e o denunciaremos (Jr. 20:10).

Assinado por alguns presbíteros, diáconos e irmãos reunidos em Londres, no primeiro mês (chamado março de 1660.) em nome deles mesmos e de muitos outros dentre os quais fazem parte, em Londres, e em vários condados desta nação, que são da mesma fé que nós.

Joseph Wright,
William Jeffery,
Thomas Monck,
John Hartnoll,
Benjamine Morley,
Francis Stanley,
George Hammon,
William Smart,
John Reebe,
Thomas Parrot,
John Wood,
Francis Smith,
Edward Jones,
Humphrey Jones,
Matthew Caffen,
Samuel Loveday,
John Parsons, Junior,
Thomas Stacy,
Edward Stanley,
Jonathan Gennings,
John Hammersly,
William Russet,
Joseph Keeich,
Nicholas Newberry,
Samuel Lover,
George Wright,
John Parsons, Junior,
John Claton,
Thomas Seele,
Michaiel Whiticar,
Giles Browne,
John Wells,
Stephen Tone,
Thomas Lathwel,
William Chadwell,
William Raph,
Henry Browne,
William Paine,
Richard Bowin,
Thomas Smith,

FIM

Fonte: <https://quod.lib.umich.edu/e/eebo2/A77414.0001.001?rgn=main;view=fulltext>

Traduzido em português por Ícaro Alencar de Oliveira. Rio Branco, Acre, 18 de julho de 2023.

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